onze e meia, manhã ainda.
invento, passo, repasso, agito.
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outras vidas
mas eu volto
volto constantemente
estou sempre voltando
volto constantemente
estou sempre voltando
mas não encontro suas letras
elas não vêm
você não vem
onze e trinta e cinco, manhã ainda.
hoje não vou dar o primeiro passo
onze e trinta e sete.
três vezes.
o computador
o relógio
o celular
quanto tempo,
quantos tempos!
ainda nada.
no final,
não antes de nova tentativa,
insisto
invisto
desisto
meio dia, já tarde.
muito tarde.
muito tarde.
Um comentário:
ah, quanta riqueza nos versos, nos significantes, na forma gostosa de retratar o tédio e o tempo! muito rico esse teu poema! bom demais voltar aqui... abraço!
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