Quando eu era moleque, por volta dos 10 anos, ganhei dois pintinhos. Na verdade eu ganhei um e minha irmã, que devia ter uns 5 anos, ganhou outro.
Os danados dos bichinhos eram lindos demais! Me lembro até hoje do meu pai chegando em casa com uma caixa de sapatos toda furada e mostrando pra gente aquelas duas coisas amarelinhas encolhidas num canto da caixa!
Eles foram batizados de Tutti e Arisco, não me lembro bem o porquê.
A única coisa que lembro é que por um bom tempo aqueles dois pintinhos foram a diversão da casa. Até banho a gente dava. E eles eram super comportados.
Lembro que a gente colocava os dois bichinhos em cima do skate, amarrava um barbante e saía puxando pela rua! E eles ficavam ali, quietinhos, aqueles pintos educados.
O problema é que os pintos cresceram, obviamente.
E viraram dois frangos horríveis, de cor branca-amarelada, que fediam todo o terraço da minha casa (nessa época eles já se recusavam a tomar banho). E pra nós, eu e minha irmã, aqueles bichos medonhos nem de longe lembravam nossos pequenos e singelos pintinhos!
Até que um dia, voltando da escola, minha mãe nos deu a triste notícia de que Tutti e Arisco tinham fugido. “Eles saíram voando pela janela”, insistia a minha mãe. Não me lembro de ter chorado, mas a tristeza daquele dia eu recordo bem...
A nossa tristeza só diminuiu quando a minha mãe falou que, para compensar a perda dos bichinhos, ela tinha feito a nossa comida favorita: frango! E a gente aceitou feliz, comeu e lambeu os beiços!
Ai que saudade dos meus tempos de criança! A inocência ameniza tanto sofrimento...
(Só depois de muitos anos minha mãe teve coragem de dizer que naquele dia almoçamos o Tutti e o Arisco. Ela dizia que esperou o tempo necessário para que fôssemos maduros o suficiente para rir ao invés de chorar).
Os danados dos bichinhos eram lindos demais! Me lembro até hoje do meu pai chegando em casa com uma caixa de sapatos toda furada e mostrando pra gente aquelas duas coisas amarelinhas encolhidas num canto da caixa!
Eles foram batizados de Tutti e Arisco, não me lembro bem o porquê.
A única coisa que lembro é que por um bom tempo aqueles dois pintinhos foram a diversão da casa. Até banho a gente dava. E eles eram super comportados.
Lembro que a gente colocava os dois bichinhos em cima do skate, amarrava um barbante e saía puxando pela rua! E eles ficavam ali, quietinhos, aqueles pintos educados.
O problema é que os pintos cresceram, obviamente.
E viraram dois frangos horríveis, de cor branca-amarelada, que fediam todo o terraço da minha casa (nessa época eles já se recusavam a tomar banho). E pra nós, eu e minha irmã, aqueles bichos medonhos nem de longe lembravam nossos pequenos e singelos pintinhos!
Até que um dia, voltando da escola, minha mãe nos deu a triste notícia de que Tutti e Arisco tinham fugido. “Eles saíram voando pela janela”, insistia a minha mãe. Não me lembro de ter chorado, mas a tristeza daquele dia eu recordo bem...
A nossa tristeza só diminuiu quando a minha mãe falou que, para compensar a perda dos bichinhos, ela tinha feito a nossa comida favorita: frango! E a gente aceitou feliz, comeu e lambeu os beiços!
Ai que saudade dos meus tempos de criança! A inocência ameniza tanto sofrimento...
(Só depois de muitos anos minha mãe teve coragem de dizer que naquele dia almoçamos o Tutti e o Arisco. Ela dizia que esperou o tempo necessário para que fôssemos maduros o suficiente para rir ao invés de chorar).
Um comentário:
Pqp muito Foda!
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