A gente brincou sem máscara nesse carnaval.
A gente não ouvia samba quando se conheceu e é bem verdade que eu esqueci seu nome.
Aí você me embolou nos seus braços e eu não lembro se foi antes ou depois que me dei conta do quanto seus olhos eram calmos.
Eram cinco da manhã? Talvez mais?
Não sei mais, só sei que o tempo se adiantou e chegamos na primavera sem sequer passar pelo outono.
Bosques de flores brotavam no caminho que fizemos na volta, eu e você, que não decidimos nada, só seguimos.
Talvez aquela fosse uma tentativa de prolongar a noite, que já era dia. Uma tentativa de nunca ser amanhã, de ser pra sempre hoje. Acho que pensamos que pudesse ser só mais um amor de carnaval, efêmero. Mas não, era primavera já.
Você entendeu, eu também.
Agora você brinda-me com seus números, com essa serenidade tão feroz.
Você é um oásis no meio do seu próprio deserto.
E quando você me abriu as portas desse oásis eu bebi da sua água, da sua água fresca, ouvi suas histórias, vi suas marcas, chorei e sorri a sua história e então embolei você nos meus braços porque já eram quase sete horas.
Aí eu decorei seu sorriso e o toque que meus dedos experimentaram na sua pele.
Aí eu apertei o seu braço e tomei seu sorriso, mas te deixei o meu.
Agora tem um pouco de você em mim.
Eu sei que depois dessa primavera vem um verão.
Sempre tem verão depois da primavera.
Mas enquanto houver flores nesse caminho e auroras em seus olhos, meu querido, então não há de se temer o calor nem as tempestades.
A gente não ouvia samba quando se conheceu e é bem verdade que eu esqueci seu nome.
Aí você me embolou nos seus braços e eu não lembro se foi antes ou depois que me dei conta do quanto seus olhos eram calmos.
Eram cinco da manhã? Talvez mais?
Não sei mais, só sei que o tempo se adiantou e chegamos na primavera sem sequer passar pelo outono.
Bosques de flores brotavam no caminho que fizemos na volta, eu e você, que não decidimos nada, só seguimos.
Talvez aquela fosse uma tentativa de prolongar a noite, que já era dia. Uma tentativa de nunca ser amanhã, de ser pra sempre hoje. Acho que pensamos que pudesse ser só mais um amor de carnaval, efêmero. Mas não, era primavera já.
Você entendeu, eu também.
Agora você brinda-me com seus números, com essa serenidade tão feroz.
Você é um oásis no meio do seu próprio deserto.
E quando você me abriu as portas desse oásis eu bebi da sua água, da sua água fresca, ouvi suas histórias, vi suas marcas, chorei e sorri a sua história e então embolei você nos meus braços porque já eram quase sete horas.
Aí eu decorei seu sorriso e o toque que meus dedos experimentaram na sua pele.
Aí eu apertei o seu braço e tomei seu sorriso, mas te deixei o meu.
Agora tem um pouco de você em mim.
Eu sei que depois dessa primavera vem um verão.
Sempre tem verão depois da primavera.
Mas enquanto houver flores nesse caminho e auroras em seus olhos, meu querido, então não há de se temer o calor nem as tempestades.
5 comentários:
Como vc consegue ser tão versátil? Tem formas diferentes de escrever... É interessante!
E este último texto é lindíssimo tbm.
Abraço.
"Uma tentativa de nunca ser amanhã, de ser pra sempre hoje."
Esse trecho, saiu escrito em mim, durante a leitura. Sentido teu, que serviu de tatuagem colorida, na minha pele. [Porque vivi igual, um dia]. A suavidade da tua narrativa me encantou.
Bonito mesmo, Toni, é a capacidade de nos fazermos qualquer estação que o sentimento resolver ditar, quando dentro em nós.
Beijocas.
[Atualiza mais vezes].
"Você é um oásis no meio do seu próprio deserto."
Toni,
Esse trecho foi absurdamente lindo: de uma profundidade tão poética, que eu encontrei aqui o cume do teu texto. E da altura deste cume eu vi todo um horizonte lá embaixo regado a base de flores. Tudo virou flores ali. Perfumou. Do começo ao fim.
Porque nas suas palavras foi visível a entrega, e as estações se tornaram mero detalhe, porque além das pétalas lançadas nas alamedas de suas palavras, o cheiro exalou. Impregnou, até.
Isso é lindo, cara!
É um privilégio estar aqui e compartilhar com você essa poesia que encontro aqui.
Sou muito grato às suas belas palavras no Pesar! =]
Voltarei.
Ziggy
Que coisa linda, adorei...
beijos
Ainda bem que os assassinos da poesia tbm nos dão alguma inspiração...
Abraços ao (pretenso e casual)Poeta!
Postar um comentário