30 de nov. de 2007

Do you like to Boogie-Woogie? Do you like my Acid-Rock?

(Alucinações Musicais, Oliver Sacks)
"Ouvir música não é apenas algo auditivo e emocional, é também motor. Ouvimos música com nossos músculos, Nietzsche escreveu. Acompanhamos o ritmo da música, involuntariamente, mesmo se não estivermos prestando atenção a ela conscientemente, e nosso rosto e postura espelham a 'narrativa' da melodia e os pensamentos e sentimentos que ela provoca".

Que delícia isso bem na sexta-feira! Prenúncio de final de semana bom...

8 de nov. de 2007

Aprendi com a minha mãe


Aprendi com a minha mãe.
Uma vez, enquanto eu ouvia Björk, ela pediu:
- Toni, abaixa isso um pouco, essa música me deixa confusa, não me faz bem.

Achei a justificativa dela tão simples e tão precisa que atendi logo. Atendi e entendi. Simples assim: não gosto porque não me faz bem.

Usei muito disso durante a graduação, quando resolvi fazer minha monografia sobre o funk carioca. “Você gosta disso”? Me perguntavam, geralmente apavorados, aqueles acadêmicos esquisitos. Gosto, muito. Gosto porque me faz bem, porque me agita, porque me balança, porque me diverte. Simples assim. E olha que nesse caso eu poderia ser bem mais complexo, falar das origens da música, de tudo o que há por trás, mas não. Eles que se entendam, aqueles acadêmicos.

Adoro as saídas simples que as pessoas têm para as coisas e situações que elas não querem ou não gostam de fazer ou passar.
Uma amiga do trabalho, intimada a atender um grupo de investidores japoneses, recusou-se terminantemente: “Gente, eu não tenho sapato pra lidar com esse tipo de gente”, justificou-se. Virou bordão.

É assim que me parece justo.