28 de mar. de 2007

Os intelectuais vão à praia

O mundo poderia até estar na mesma.
Os aviões demoram a decolar. Trânsito até no céu.
Minha escrita, pontual.
Meu astral, volúvel.
A criação quando muita, histérica, quando pouca mais histérica ainda.
Calor no Rio de Janeiro.
Vontade de praia.

Mas lá longe, no oceano das águas mornas, os intelectuais vão à praia.
A capa da arrogância, aquela velha amiga, ficou em casa, ou está apoiada na cadeira.
E aí eles descrevem sentimentos, se descrevem, vão, vem, retraem, expandem, imitam o movimento do mar.

O mundo poderia até estar na mesma. Mas quando os intelectuais vão a praia, tem arco-íris no céu. Por que suas idéias chocam-se com o vento e evaporam com a água.
E depois que o sol se põe, na praia dos intelectuais, chove. Todo dia.

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